segunda-feira, 19 de maio de 2008

TSD consideram inaceitável actuação da ASAE nas IPSS

In Portugal Diário

«Parece ter uma nova função, a de perseguir quem critica o Governo», dizem

«Operação consumidor protegido» (Foto Lusa/Rui Minderico)
O presidente dos Trabalhadores Sociais Democratas (TSD), Arménio Santos, considerou este domingo um «escândalo» que as instituições de solidariedade tenham sido obrigadas a deitar comida fora devido às regras de higiene impostas pela ASAE, que defende estar a ultrapassar os limites.

«O caso das Instituições Particulares de Solidariedade Social é um escândalo. Pode ser uma coincidência, mas é no mínimo estranho que no momento em que as IPSS levantam a voz contra a insensibilidade e a falta de apoio do Estado ao seu meritório papel no domínio dos ATL, surja uma investida destas da ASAE [Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica]», disse à agência Lusa, Arménio Santos.

As declarações do presidente dos TSD surgem um dia depois de uma notícia publicada sábado no jornal Público que contava que as instituições de solidariedade têm sido obrigadas no âmbito de inspecções a deitar comida fora por causa de regras de higiene impostas pela ASAE.

Segundo o jornal, a ASAE está a aplicar com rigor os regulamentos e a exigir que as cozinhas destas instituições tenham os mesmos requisitos de um restaurante, a proibir que aceitem alimentos dados pelas populações e a deitar fora toda a comida congelada em arcas normais.

Num comunicado enviado à redacção, os TSD sublinham que a ASAE «parece ter uma nova função, a de perseguir quem critica o Governo», dando como exemplo as acções da ASAE nos refeitórios das IPSS.

«Por coincidência, a ASAE caiu em cima dessas instituições, que não têm fins lucrativos e são o amparo de muita gente com dificuldades. Dão apoio aos pobres, aos doentes e aos excluídos. Será mera coincidência um aviso?», diz o comunicado.

«Protagonismo mediático que não é normal»

À Lusa, Arménio Santos frisou que não está em causa o cumprimento das obrigações da ASAE nos sectores onde deve estar presente, mas a necessidade de haver «bom senso» e a criação de condições para que haja qualidade nos serviços e produtos e melhoria do funcionamento das empresas.

«O seu papel é esse e não o de fechar estabelecimentos, criar desemprego e fazer a vida negra às pessoas», afirmou.

Arménio Santos critica o «comportamento excessivo» da ASAE que, considera, está «claramente a ultrapassar os limites do tolerável», recorrendo ao «clima de medo», «pretendendo ser uma estrela de cinema» e ter publicidade na comunicação social.

«É preciso razoabilidade, mas infelizmente essa não tem caracterizado a intervenção da ASAE, que tem assumido um protagonismo mediático que não é normal, chamando inclusive as televisões para acompanhar inspecções que realiza e assim dar espectáculo», acrescentou.

Motivos que levam o presidente dos TSD a defender como "necessário" que "a nova polícia seja controlada e posta na ordem, sob pena de se tornar numa polícia perigosa".

Os TSD afirmam que os produtos tradicionais portugueses estão a ser perseguidos pela ASAE, assim como as microempresas e os pequenos comerciantes, mas acrescentam que face à subida "dos escandalosos preços especulativos dos combustíveis" a ASAE nada faz.

HB

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sócrates acusado de faltar à verdade sobre despedimentos pelo secretário-geral dos Trabalhadores Social Democratas

in Agência Financeira


Economia

2008/05/10 16:05

TDS diz que é inaceitável o alargamento do conceito de inadaptação.

O secretário-geral dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), Arménio Santos, acusou este Sábado o primeiro-ministro de faltar à verdade quando afirma que a hipótese de despedimentos individuais por inadaptação é uma mecanismo que já se aplica em Portugal.

«Se este mecanismo já se aplica, qual então a razão que leva o Governo a propô-lo na revisão do Código de Trabalho», interroga-se o líder dos TSD, citado pela «Lusa», antes de acusar o primeiro-ministro de «não dizer a verdade sobre esta matéria».

Cinco pontos contestados

«O alargamento do conceito de inadaptação para efeitos de despedimento individual, pelo menos nos termos propostos, é inaceitável», declarou no final de uma reunião do Secretariado dos TSD.

Além da possibilidade de despedimentos individuais por inadaptação do trabalhador, os TSD contestam mais cinco pontos nas propostas do Governo de revisão das leis laborais.

Manifestam-se contra as propostas do executivo referentes à caducidade das convenções colectivas de trabalho, consideram insatisfatória o mecanismo previsto para combater os recibos verdes falsos e entendem que a luta contra o trabalho precário está a ser tratada pelo Governo «de forma muito deficiente».

domingo, 4 de maio de 2008

Ovibeja: Arménio Santos visitou o certame



In Radio Voz da Planície

O secretário-geral dos TSD afirmou que, a poucos meses da conclusão da obra, já se deveria saber quem vai gerir o aeroporto de Beja. Arménio Santos vê o aeroporto e Alqueva como estimulos para o tecido empresarial e consequentemente para a criação de emprego.

Neste momento, a poucos meses da conclusão da obra, já se deveria saber quem vai gerir o aeroporto de Beja. A opinião foi manifestada à Voz da Planície por Arménio Santos, secretário-geral os TSD, que vê o aeroporto e Alqueva como estímulos para o tecido empresarial e consequentemente para a criação de emprego. Uma questão fundamental já que esta região continua com taxas de desemprego muito elevadas.

Arménio Santos falou também do Código do Trabalho e referiu que a postura de José Sócrates, em relação a esta matéria, tem mudado ao longo dos tempos, era uma quando o PS estava na oposição e é outra depois de estar no Governo. Arménio Santos está expectante com as negociações, que vão decorrer em sede de concertação social, porque em vésperas de eleições o Governo não deverá avançar com medidas anti-sociais ainda mais penalizadoras para os trabalhadores.

Arménio Santos também falou sobre a situação interna no PSD, para já prefere não divulgar para onde vai o seu apoio no que toca candidaturas, na sua opinião, o mais importante é que exista uma liderança estável com um candidato em que os portugueses apostem como futuro 1º ministro.
Inês Patola